Os alunos dos cursos de Edificações e Eventos participaram de programa de educação patrimonial
Estudantes do 2° ano dos cursos técnicos em Edificações e Eventos do IFMT Campus Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva vivenciaram uma viagem ao tempo durante a participação no Programa de Educação Patrimonial de Cuiabá, com atividades realizadas nos dias 09 e 10 de outubro.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a disciplina de “História II: Brasil Colonial e Brasil Império”, ministrada pelos professores Kleber Corbalan e Sidney Martins, a pesquisa de mestrado da professora Thais Mazzini (UFMG) e o projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Foram realizados três encontros durante o desenvolvimento do projeto.
“Durante as aulas teóricas, os alunos revisitaram o período colonial em três fases: desde a descoberta e exploração do território brasileiro, passando pela economia açucareira e o ciclo do ouro, até a formação das primeiras cidades e da arquitetura inspirada na Europa. Em seguida, essa contextualização histórica se transformou em prática com uma imersão nos patrimônios materiais e imateriais de Cuiabá”, explica o professor Sidney.
As visitas incluíram locais emblemáticos como a Igreja da Boa Morte, o Museu da Caixa d’Água Velha, a Casa Cuiabana, a Igreja Nossa Senhora do Bom Despacho, o Clube Dom Bosco, a Mesquita de Cuiabá, a Igreja São Benedito, a Praça da Mandioca e a Catedral de Cuiabá.
Sob a orientação dos professores e arquitetos envolvidos no projeto, os estudantes analisaram as técnicas construtivas coloniais, como paredes de taipa e o uso de adobe, e discutiram o simbolismo presente nas construções religiosas e civis. “Um exemplo marcante foi a Igreja da Boa Morte, erguida por pessoas escravizadas e considerada um símbolo de resistência e fé”, lembra o professor.
Além das visitas, os estudantes foram desafiados a construir uma rota patrimonial pelo Centro de Cuiabá, identificando edificações de relevância histórica e cultural. A proposta tem o intuito de fazer refletir sobre o papel da arquitetura na formação da cidade, a influência européia e oriental nas construções, e a contribuição da população negra e escravizada na construção da paisagem urbana.

