Nesta segunda-feira (13), o auditório do Campus Cuiabá Octayde foi palco da aula de abertura das primeiras turmas do curso de Assistente Administrativo do Programa Mulheres Mil. No total, 105 mulheres, divididas em três turmas, compõem o primeiro semestre do curso, que terá novas turmas para o segundo semestre ainda este ano.
Durante o dia as alunas puderam saber mais sobre os benefícios, que agora como estudantes do IFMT, têm, assim como as atividades propostas para o curso, orientações, metodologias e grades curriculares. As disciplinas do curso são organizadas em: disciplinas técnicas e disciplinas voltadas ao desenvolvimento da mulher.
Entre as autoridades presentes estavam a Supervisora Pedagógica, Natacha Chabalin e a Coordenadora do Programa no campus, Mirian Angelica da Silva, o diretor-geral do IFMT Campus Cuiabá Octayde, professor Alceu Cardoso, os diretores de Ensino, Extensão e de Pesquisa e Pós-graduação, Julio Resende, Edilson Serra e Valtemir Emerencio e a Coordenadora-Geral do Pronatec, Angela Santana de Oliveira.
O Programa Mulheres Mil foi criado com a finalidade de unir a educação ao trabalho, voltado principalmente para a inclusão educacional, social e produtiva de mulheres em situação de vulnerabilidade e faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
As alunas recebem um auxílio permanência no valor R$400,00, mas para isso precisam manter uma assiduidade de 75% de presença nas aulas. O curso tem duração de três meses, de 13 de maio a 24 de julho. As aulas acontecem de segunda-feira a quinta-feira no horário de 18h às 22h.
Mas as atividade do Curso de Assistente Administrativo começaram ainda antes, na semana do dia 6 de maio, as alunas participaram do Mapa da Vida. Que é uma atividade realizada com todas as turmas do Programa Mulheres Mil, na semana anterior ao início das aulas, com dinâmicas psicossociais e a ideia é que elas se conheçam.
No Mapa as alunas fazem um exercício de reflexão sobre suas historias, criam uma identificação e estabelecem laços afetivos para reforçar a permanência, para assim mapear e externalizar determinadas situações, necessidades, entender gatilhos emocionais e situações de vulnerabilidade, acolhimento e a partir dessas informações algumas orientações. Tudo isso de acordo com a supervisora Natacha subsidia os professores para que eles saibam fazer uma melhor abordagem em sala de aula e aplicar metodologias mais adequadas de ensino.
O perfil de alunas do curso é composto por uma diversidade muito grande de mulheres, nas mais variadas faixas-etárias acima de 16 anos de idade, algumas com ensino fundamental completo, outras já com ensino superior, mas todas buscando maior inserção e oportunidades educacionais, avanço na escolaridade e a integração e permanência no mercado de trabalho.
Para Natacha Chabalin, Supervisora pedagógica do programa no campus o IFMT desempenha uma importância em resgatar possibilidades de sonhos de mulheres, “muitas deixaram de estudar cedo, por diversos motivos, gravidez na adolescência, ou que abdicaram a vida toda delas e veem nesse curso a possibilidade de voltar a estudar e de gerir demandas, melhorar autoestima, deslumbrar possibilidades de carreira, depois fazer mais cursos e ter o desejo de continuar estudando e ter a percepção de que é possível terem acesso.
O diretor-geral do Campus Cuiabá Octayde, professor Alceu Cardoso ressaltou o papel de muitas mulheres como única fonte de renda de suas casas e como essa capacitação pode oferecer uma vida melhor não só para uma mulher, mas para toda sua família. “O curso possibilita as mulheres a terem novas perspectivas acadêmicas e profissionais e através delas todo um grupo familiar também”.
“O IFMT é de vocês! Uma instituição feita para acolhê-las, isso aqui é nosso, é meu, é seu, é de todos nós. Aproveitem a oportunidade, conversem e busquem ter seus desafios atendidos, os professores estão aqui para vocês, estamos todos aqui em função de atendê-las. Sejam bem-vindas!”, finalizou Alceu.
Para dona Maria estudante do curso a oportunidade é um privilégio e também uma chance de mudar de profissão. "Eu não imaginava que nesse estágio da minha vida estaria começando uma experiência nova como essa, mas agora que estou aqui o meu desejo é continuar cursando mais e mais cursos. Para me profissionalizar e aprender", destacou.