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Professores do IFMT entregam ao reitor livro sobre criação de Geoparque em Chapada dos Guimarães

Publicado por: Reitoria / 15 de Março de 2022 às 14:58

Aconteceu, na tarde desta segunda-feira (14), na Reitoria do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), a entrega do livro Geoparque Chapada dos Guimarães – Uma viagem pela história do planeta. Dividida em dez capítulos, a obra constitui a primeira etapa do trabalho realizado por uma equipe de pesquisadores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e de várias outras instituições que compõem o Comitê Geoparque e estão trabalhando na criação de um geoparque reconhecido pela Unesco em Chapada dos Guimarães.

“É um projeto que será fundamental para o turismo na região, para a preservação ambiental e para a geração de emprego e renda em Chapada dos Guimarães. E o primeiro resultado é muito importante, que é a entrega desses exemplares. Parabenizo nossos docentes envolvidos, assim como o campus Cuiabá Octayde Jorge da Silva, que tem apoiado as ações dos nossos servidores no desenvolvimento das pesquisas e na escrita dos textos”, afirmou o reitor Julio César dos Santos.

Responsáveis pelo capítulo sobre “Turismo e Dinâmica Socioeconômica”, os turismólogos Ângela Carrión Carracedo Ozelame e Daniel Fernando Queiroz Martins, docentes dos cursos de Turismo e Eventos do campus Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva falaram sobre a criação do Comitê Gestor do Parque e como esse passo pode contribuir para a obtenção da chancela de Geoparque pela UNESCO.

“Na capa já diz: a história do mundo, a história natural do mundo, o desenvolvimento dessa parte de Chapada, tanto da geodiversidade e geoconservação, da geoeducação. Vai proporcionar também uma reflexão da importância de Chapada dos Guimarães para o contexto global. Uma das ideias da construção do geoparque é também para aquela pessoa que vive lá, o munícipe conhecer sua própria história. E quando ele passar nos paredões, no portão do inferno, véu das noivas e tantos outros pontos conhecidos saber como aquilo se construiu, a importância para quem está vivendo ali e para outras pessoas,” observa Ângela.

A docente conta que a ideia agora é lançar a carta de intenção, que é o próximo passo para virar um geoparque aspirante. “Queremos transformar esse projeto num geoparque reconhecido pela UNESCO. Todo geoparque no mundo precisa desse reconhecimento para ter o seu aporte. Nossa ideia é transformar isso em geoparque aspirante e aí entrar no mapa dos geoparques. Daí teremos um tempo para atender algumas necessidades que esse órgão internacional aponta para que a gente proponha, de fato, a transformação de parque aspirante em geoparque UNESCO. Mas legalmente a gente está instituído como geoparque por esse decreto municipal”.

Passado, presente e futuro

O professor Daniel explicou que o geoparque envolve patrimônio geológico, sustentabilidade, comunidades, e no turismo, como estruturar aquele destino para que ele seja mais forte turisticamente falando, criando oportunidades de negócio para as comunidades. Algo que, na sua avaliação, o município ainda não tinha determinado nos últimos 30, 40 anos de desenvolvimento do turismo.

“Isso precisa de uma organização de um território. Então a nossa ideia é dar suporte ao poder público, aos empresários, para a comunidade desenvolver suas estratégias para que, de forma integrada, possam ser criadas oportunidades para a comunidade em torno do Geoparque. Então, ele na verdade é um pretexto de planejamento, é um fundo de planejamento, mas o objetivo principal é garantir uma união do poder público com a comunidade, com os empresários em torno de um objetivo único”, explicou.

Esse objetivo, completa o docente, são estratégias a serem seguidas. É mais do que simplesmente trabalhar atrativos turísticos mas organizar aquele território em prol de objetivos em comuns para o desenvolvimento local e regional, pensando na comunidade mas também nos empresários que já estão fortes ali e em outras oportunidades de negócio que podem ser ampliadas.

“Novas pesquisas científicas, a exemplo da descoberta de muitos sítios e lugares importantes que revelam o passado pré-histórico, de Mato Grosso, de Cuiabá, a questão dos dinossauros, das cavernas, pinturas rupestres, tudo que ajuda a entender o passado geológico do planeta. E isso é estratégico enquanto atrativo turístico, um motivo a mais para muitas pessoas, inclusive de outros países, visitarem e entenderem aquele lugar. A gente contribui na formação de guias de turismo, de profissionais para setores de alimentos e bebidas, hotelaria, mas todos tem que entender desse passado e desse presente com essa perspectiva de futuro,” observa Daniel.

E a divulgação internacional desses atrativos traz uma força muito grande, podendo gerar novos fluxos de visitação, mas de forma estruturada. “Então o que a gente pretende é organizar todo esse processo para que quando houver esse fluxo o município já esteja preparado”.

Representando a UFMT, o professor Cleberson Ribeiro destacou o apoio institucional recebido para se chegar até este momento. “Nós do comitê e especificamente da UFMT, ficamos felizes com toda a receptividade, o apoio para tudo o que já vem sendo desenvolvido, fruto dessa parceria ao longo dos anos e a oportunidade de fazer essa devolutiva, principalmente com esse material impresso. Esse é um reconhecimento de todo o trabalho, e o apoio e suporte que a duas instituições nos proporcionara nesses últimos anos”.

A obra será distribuída, além das instituições parceiras, para a biblioteca de cada um dos 19 campi do IFMT. Também será entregue nas escolas de Chapadas dos Guimarães e uma parte estará disponível para venda, no Museu de História Natural Casa de Dom Aquino.

Também participaram da reunião: o Pró-reitor de Extensão, Marcus Taques, o Diretor-geral do campus Cuiabá-Octayde Jorge da Silva, Alceu Aparecido Cardoso, o Diretor de Planejamento Executivo, Cristovam Albano e a servidora da PROEX, Elenice Santos.

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