No dia 22 de março, data em que se comemorou o Dia Mundial da Água, o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) esteve presente em uma ação interinstitucional envolvendo educação ambiental e conscientização para o valor da água.
As atividades, que tiveram como palcos, pela manhã, o Museu de História Natural e o Parque das Águas no período da tarde, são frutos de uma parceria estabelecida entre a instituição e as Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), de Educação (Seduc), prefeitura Municipal de Cuiabá e a empresa Águas Cuiabá.
Representando o IFMT, a professora da disciplina de Gestão Ambiental em diferentes cursos superiores do campus Cuiabá Octayde, Simone Raquel Silva ministrou uma oficina sobre a confecção de terrários. A pesquisadora destacou a importância dada pela instituição à construção de alianças para a promoção da educação ambiental ao integrar acordos de cooperação dessa natureza.
“Reconheço o quanto o IFMT valoriza a força dessas conexões tão importantes e necessárias com outros órgãos. Por meio delas a gente sai dos nossos muros e temos uma visão mais ampliada sobre o alcance dessas conexões,” afirmou a docente, que representa o IFMT na Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Estado de Mato Grosso.
Oficina como ferramenta pedagógica
Dezessete alunos do curso de Pedagogia participaram da oficina no Museu. Esses futuros professores tiveram a oportunidade de discutir e observar, entre outras coisas, a importância da vegetação, da cobertura do solo na ciclagem da água. Uma preparação para, futuramente utilizar a técnica de ciclagem da água para trabalhar os microecossistemas em sala de aula.
“Então, a oficina é isso: a ciclagem da água em sala de aula de forma aplicada. A aplicação do conteúdo, a visão sobre todo o processo [de ciclagem da água], a importância da vegetação nessa ciclagem. Isso tudo muda a visão das pessoas, transforma vidas mesmo. Porque a gente está muito acostumado a pensar em água, a água que sai da nossa torneira. E não a forma como ela é produzida”, detalhou a docente.
Na parte da tarde, a participação infantil no Parque das Águas foi grande. Os também professores Suzy Klemp e Marcelo Moreira, ambos geógrafos, levaram a filha Alice de 11 anos para uma participação em família como forma de estimular sua conscientização.
“Foi muito interessante ver a curiosidade e a aceitação das crianças no fazer. Mas nossa cidade tropical, tão quente, que sofre com os rios impactados pelo mal uso da terra ainda precisa de muitas mais ações essenciais de cuidado com a natureza e de qualidade de vida como esta,” observou a geógrafa.
Ao final de um dia intenso de atividades, o sentimento da docente era de missão cumprida. “Acredito sinceramente que a oficina tenha auxiliado a todos os participantes, especialmente essas pessoas que são da área de pedagogia a construir um novo olhar, a enxergar de forma diferente a ciclagem da água. E, claro, a importância fundamental da água para a nossa vida”, completou Simone.
O apoio na montagem dos terrários utilizados durante a oficina foi dado pela estudante do curso Tecnólogo em Gestão Ambiental do campus Cuiabá - Bela Vista, Maria Carvalho.
Ela, que também é ex-aluna do curso Técnico Em Edificações do Campus Cuiabá Octayde, e atuou por um ano como estagiária em um projeto de curso de compostagem ministrado pela professora Simone no Campus Bela Vista expressou satisfação por se envolver em mais esse trabalho. “Faço o que posso para contribuir e aprender”.