Aconteceu na última sexta-feira (8) uma palestra para falar das mulheres e seus direitos, em razão do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. O objetivo da palestra foi trazer à tona a história real da data, seu significado, surgimento e a luta das mulheres no decorrer desse tempo por espaço e direitos.
O evento foi idealizado pela Coordenação de Assistência Estudantil e Inclusão (CAE) em colaboração com a Liga Acadêmica de Minorias e Direitos da UFMT (LAMIND). A ideia do projeto é basicamente levar o conhecimento que é produzido dentro da universidade federal para as instituições públicas de ensino, como esclarece Jeane Pereira Ferrari, acadêmica do curso de Direito.
“Muito embora o Direito seja um tema importante e que tangencia a realidade de todo mundo, geralmente não tem uma linguagem muito acessível para as pessoas, habitualmente hermenêutica, formal e complexa”, ressalta.
Diz ainda um pouco de como trouxeram esse assunto para os estudantes. “Nós falamos sobre os direitos das mulheres dentro da sociedade, então fizemos uma linha do tempo, trazendo todos os direitos que foram conquistados no decorrer da história do país, nós também falamos sobre feminicídio e maneiras das pessoas identificarem a violência e assim buscar meios de denúncia e serem amparadas por essa lei”.
Para Henriett Montanha, psicóloga escolar do IFMT, o espaço da Coordenação de Assistência Estudantil é destinado a atender os estudantes e toda a comunidade acadêmica, mas também tem esse propósito de trazer temáticas relacionadas ao desenvolvimento humano, à promoção de saúde e a promoção da saúde mental.
“No ano passado, estabelecemos uma parceria com uma ex-aluna do campus Octayde, através da autorização da Diex, para trabalhar em diversas temáticas relacionadas aos direitos. Realizamos palestras sobre os direitos das populações negras e das mulheres. Além disso, colaboramos com estudantes de psicologia da UFMT em rodas de conversa sobre o feminino e direitos das mulheres. Também contamos com a supervisão da enfermeira Jéssica e professoras da UFMT do curso de enfermagem, que fazem intervenções em sala de aula para promover a saúde no campus”, destaca.
Já para as alunas Ana Carolina Vieira e Emilly Figueiredo a palestra foi importante para dar visibilidade à causa das mulheres e ampliar os seus conhecimentos sobre o feminismo. “Porque nós, enquanto mulheres, ainda somos muito invisibilizadas na sociedade, por mais que todo o conhecimento seja repassado para as pessoas sobre toda a nossa causa e história de tudo que nós passamos", ressalta Ana.
“Achei muito interessante e válido a parte das leis, porque eu percebi que sabia muito pouco a respeito. Eu só conhecia a lei Maria da Penha, agora conheço várias outras e acho que isso vai modificar o meu jeito de pensar sobre o feminismo”, encerra Emilly.
Os organizadores do evento acreditam que o objetivo tenha sido alcançado. “Os estudantes perguntaram, interagiram, a comunicação entre eles foi muito leve. A palestra trabalhou o tema de forma dialógica trazendo esses conceitos. De forma não estereotipada como costuma ser, e que sejamos então reconhecidas como sujeito de direito que somos", Henriett finaliza.
