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IFMT na mídia: Direção e alunos do IFMT cobram segurança local, após assaltos

Publicado por: Reitoria / 12 de Julho de 2016 às 09:40

A direção do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), do Campus Cuiabá, aponta o aumento de assaltos aos acadêmicos a partir das 22h25 e pede segurança no entorno da unidade, com reforço principalmente nos horários de pico. O diretor geral, Nelson Suzuki, ressalta que há mais de 13 anos os alunos do instituto sofrem com esta situação.

Ele cita pontos frágeis próximos ao local, que propiciam as ações criminosas, entre eles o cemitério Nossa Senhora da Piedade e a igreja católica da Boa Morte que, segundo a direção, servem de “guarita” para os bandidos.

"No cemitério até colocaram cercas elétricas, mas o pessoal guarda drogas, pulam quando querem. Tivemos com o Comando Geral da Polícia Militar. Isso já vem de vários anos e a gente tem solicitado policiamento mais ostensivo".

Conforme a estudante de Bacharel em Secretariado Executivo Márcia Yuri Kikuti Sulzbacher, devido aos assaltos houve até baixa de rendimento nos turnos, uma vez que antes mesmo de chegar ao término das aulas, os estudantes começam ir embora, com receio de serem vítimas.

“Uma colega minha quando estava indo ao ponto de ônibus foi vítima de um bandido, que a ameaçou com uma faca. Pelo menos três colegas do curso já foram alvo de assalto. Eles costumam levar os celulares e agora quebram vidro dos carros para roubar objetos deixados no interior do veículo. Precisa aumentar a segurança do lado de fora”, relata.

Para a aluna, dentro da unidade os estudantes se sentem seguros, contudo, todos reclamam do aumento de assaltos na redondeza. O aluno José Ricardo Duarte conta que entre dois a três meses cerca de seis carros foram alvos de roubo. “É muita tensão. De noite aqui fica uma escuridão total, é um clima sombrio, pois não passa ninguém”.

O diretor explica que desde a gestão Silval Barbosa (PMDB) frente ao Governo, a instituição busca alternativas para reduzir os assaltos. “São vários anos solicitando mais segurança. Encaminhamos de dois em dois meses ofícios, pedindo mais patrulhamento no entorno do IFMT, mas não somos atendidos”.

Suzuki até ressalta que após uma reunião, ainda no Governo Silval, a secretaria estadual de Segurança Pública se dispôs a ajudar, inclusive, segundo o diretor, dois peritos avaliaram as condições em relação à segurança e fizeram um levantamento. “Mas não saiu do papel”, lamenta.

De acordo com o diretor, não há índice de ocorrência pelo fato de a maioria dos alunos assaltados não registrar boletim na delegacia. Para se ter ideia, neste ano foi registrada apenas uma ocorrência no sistema da polícia, entretanto, a direção estima que a cada semana cerca de dois a três assaltos ocorrem.

“Eles não registram por desacreditarem na possível melhora da situação. Pensam que vão perder tempo”, diz o diretor da sede, Adriano Breunig. Ele afirma que a direção até entende que os policiais não vão conseguir atender a região toda, para onde são designados, mas almeja que seja feito algo para diminuir o índice de assaltos nos arredores do IFMT.

Para mudar esta realidade, a assessoria de imprensa do instituto junto aos diretores devem lançar uma campanha interna, a fim de fomentar nos estudantes a importância de registrarem boletim à polícia, para que futuramente haja uma estimativa de quantos assaltos ocorrem na região.

Estrutura

O IFMT Campus Cuiabá conta com 3,6 mil alunos e corpo docente de 243 profissionais, além de 130 técnicos administrativos. O orçamento da unidade em relação a investimento e custeio é de R$ 11 milhões/ano, que são empregados em diversos setores, entre eles a segurança terceirizada.

Outros relatos

O estudante Jellisson Freire Alves Moreira conta que estava indo para casa, por volta das 22h, quando passou em frente àa igreja da Boa Morte e dois suspeitos saíram do escuro e um deles anunciou o assalto, mostrando uma faca. "Parecia uma faca de uns 40 cm. Ele pediu celular, dinheiro, corrente, tudo que eu tinha de valor, mas nesse dia não havia nada comigo. Tinha ficado tudo em casa. Então ele tentou enfiar a faca e me defendi, segurando o indivíduo e pedi para não fazer isso".

Jellison explica que o segundo assaltante mandou pegar a mochila. "Levaram ainda minha carteira com cartão estudante e um cartão do SUS. Eles sairam correndo sentido a rua do cartório. Eu encontrei depois de uns 15 minutos uma viatura na avenida Isaac Povoas, pedi ajuda, fizeram ronda comigo junto, mas não encontramos nada. Fui aà delegacia fazer um boletim de ocorrência e os policias na hora disseram que não poderiam registrar, alegando que estavam em paralização ou greve. Sei lá. Ai ficou o dito pelo não dito, porque também larguei mão de registrar", lamenta.

Além dele, a estudante Lenize Cristina Louzad relata que foi atacada pelas costas, próximo ao IFMT, em 30 de maio, às 19h na esquina da avenida Marechal Deodoro, logo após a CDL. "O rapaz estava armado, colocou o objeto na minha cintura e disse para não reagir e que passasse a mochila, onde estavam meus materiais entre cadernos, livro, chaves, celular e dinheiro".

RD News - Camila Cervantes

Veja a matéria na íntegra - https://www.rdnews.com.br/cidades/direcao-e-alunos-do-ifmt-cobram-seguranca-local-apos-assaltos-veja/72905

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