Com a plateia lotada de estudantes do IFMT Campus Cuiabá - Cel. Octayde Jorge da Silva foi aberta a XIII edição do Áfricas, na manhã de hoje (7), no Cine Teatro, em Cuiabá.
A cerimônia teve música com o percussionista moçambicano Hermínio Nhantumbo, homenagens pela luta antirracista aos professores Antonieta Luiza Costa, Francisco de Andrade Rosa e Rinaldo Almeida, e mesas-redondas.
A mesa de abertura foi composta pelos coordenadores do evento, os professores Cláudio Dias e Mônica Spinelli; o diretor de Extensão, Edilson Serra; e o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro, Indígena e de Fronteira (NUMDI) do IFMT, Lucas Café.
O diretor Edilson Serra, que na ocasião representou o diretor-geral do campus Alceu Cardoso, ressaltou a importância do evento como espaço de aprendizado e discussão do tema. “É essencial para nossa instituição esse debate para que possamos ampliar a luta antirracista e garantir mais participação dos afrodescendentes na educação”, frisou.
Já o coordenador Cláudio Dias agradeceu a colaboração de todos e falou sobre o desafio de organizar um evento significativo como este. “É um evento importante para a formação de nossos alunos e, neste ano, conseguimos trazer assuntos relevantes para reflexão com a participação significativa dos estudantes”, afirmou.
A primeira mesa-redonda, com o nome “Cada cabeça um quilombo”, homenageou a luta dos povos quilombolas e foi composta pela professora Antonieta Costa, pela representante do Quilombo Chumbo do município de Poconé, Nirda Rosa, pela representante do Quilombo Mata Cavalo, Gonçalina Santana e mediada pelo professor do IFMT Sandro Lima dos Santos.
Para Gonçalina, o evento serve para trazer esclarecimentos sobre a história e a realidade dos quilombos. “É um espaço importante onde podemos mostrar um pouco da nossa história de resistência e da nossa luta pelo reconhecimento”, explicou.
Esta é a mesma opinião de Nirda, que acredita que apresentar o tema dentro das escolas e universidades é uma oportunidade de dar visibilidade as tradições e a cultura do povo negro. “Muitos não conhecem a vida num quilombo e não tem nem ideia de como vivemos. Então é uma boa oportunidade de apresentar para todos”, salientou.
Outra mesa-redonda que instigou os estudantes foi sobre “Tipos de racismo”, com os professores Lucas Café, Jeferson Bento de Moura e mediada pela docente Maristela Guimarães.
Além das mesas, a manhã do evento foi marcada pela palestra sobre “Representatividade Negra e Poesia”, exibição do filme “Teresa de Benguela” do diretor Sales Fernando, seguido de diálogo com a professora do IFMT Manuela Arruda e, para finalizar, uma batalha de rimas.
A estudante Laurislane Sacarrin afirma que o evento é uma forma de compreender melhor a cultura do país. “Esses eventos temáticos são uma forma de conhecermos com profundidade um assunto. No caso do Áfricas temos condições de entender melhor nossa história e toda a cultura negra”, afirmou.
A programação do XIII Áfricas segue no Campus Cuiabá Octayde, nos períodos da tarde e noite, com atividades culturais, oficinas e minicursos.